quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Menos Stress

                                                               Menos stress
                                               João Fidélis de Campos Filho
                Quando vemos os semblantes de preocupação de alguns líderes europeus, submersos nesta grave crise econômica que assola imperdoavelmente o velho mundo, nos perguntamos até que ponto vale a pena se expor a um permanente stress para usufruir dos benefícios de estar a frente de uma nação e comandar os destinos de milhões de pessoas.
       Desde que nasceu o Estado e os homens se imiscuíram nesta interminável disputa pelo poder, como se aí residisse a fonte de todas as riquezas, a política se transformou numa ciência, na arte da persuasão, na melhor forma de controlar as mentes e conduzir os povos. E este jogo pelo poder em certas situações pode provocar a fortuna ou a ruína de homens que nele se envolvem sem a devida prudência e sem o espírito voltado para o bem comum.
       Dizem os sábios que as ações constroem o destino humano e se isso for verdade o homem de agora é uma soma de tudo que realizou no passado. Tudo que reflete em seu corpo e alma é a colheita do que ele vem plantando com suas inevitáveis escolhas.
       Desta maneira as pressões por que passam Ângela Merkel, Nicolai Sarkozi , David Cameron e outros governantes da Europa, cujas decisões são de imensa responsabilidade social,  podem levar a um perigoso nível de stress.
       Apontado como o vilão era moderna, sendo um dos principais fatores que desencadeia o desequilíbrio do corpo humano e traz a reboque inúmeras doenças o stress se tornou o maior desafio da saúde publica mundial, por ser muitas vez assintomático a principio , mas acumulativo.  
       Se as escolhas humanas impõem a qualquer pessoa uma carga de responsabilidade e, ao mesmo tempo, o erro ao escolher é parte integrante deste processo, o ideal talvez seja tentar minimizar a carga emotiva advinda do inevitável erro. Cada um age segundo seu raciocínio, sua intuição e também às suas inclinações psicológicas, contudo, a dificuldade é tomar uma decisão que não seja prejudicial às pessoas com as quais se relaciona.
       O homem está sempre a procura da melhor maneira de se viver. Se perguntássemos às pessoas o que mais querem na vida a maioria iria responder que é a felicidade. Entretanto a felicidade é algo em constante mutação porque ela representa um bem estar momentâneo que uma vez atingido perde sua razão de ser e cede lugar a  outra vontade ou desejo.
       Por isso muitos pensadores concordam que o objetivo maior do ser humano é a liberdade. Primeiro precisa se libertar do seu passado. Precisa se libertar do medo das conseqüências das futuras escolhas. E precisa adquirir sapiência para não ceder aos instintos animalescos e egocêntricos que o acompanham.A liberdade é um bem que extrapola a realidade e vai além deste sopro da vida que é esta passagem do homem por este planeta.Interessante é que o homem está aprisionado à condição. Ao seu estado de ser e precisa às vezes cometer muitos erros para crescer e evoluir. Precisa aprender a não cometer erros.
       A palavra conviver significa “viver com”, viver em comunidade, implica responsabilidades permanentes porque ninguém consegue hoje em dia viver em uma caverna isolado da humanidade. Desta maneira quantas melhores escolhas o ser humano fizer maior será sua liberdade, e conseqüentemente menos stress.
João Fidélis de Campos Filho-cirurgião-dentista