domingo, 26 de dezembro de 2010

Mitologia e Espírito Natalino

           Um simpático velhinho que viaja num trenó puxado por renas velozes tem a missão de distribuir presentes a todas as crianças do planeta. Na noite de natal ele entra invisível pela chaminé (nas casas com lareira) ou pelo buraco da fechadura, e coloca os presentes debaixo da árvore enfeitada ou os põe nos sapatinhos das crianças.
                Esta lenda se situa no imaginário de muitos pequeninos, mas no fundo e de maneira inconsciente reflete o espírito de fraternidade e comunhão diante do acontecimento mais importante do natal que é o nascimento de Jesus Cristo. Ninguém sabe a data exata ou o dia, mas convencionou-se o 25 de dezembro e a partir daí a história da humanidade recebeu esta demarcação: o ante e o depois do nascimento do Cristo.
                Papai Noel, o alegre personagem que atrai as crianças, distribui guloseimas e ouve pacientemente seus pedidos, está em milhares de pontos de vendas e lojas comerciais, pois seu principal objetivo é estimular o consumo. Virou nesta época uma importante peça de marketing econômico. E tem gente que pensa que o natal é isso mesmo: período de compras e de comer/beber em demasia. Esquecem até o que estão comemorando...
                Bem, mas o lado bom do natal é o chamado espírito natalino. Fachadas, árvores e painéis são decorados com luzes multicores e de brilho intenso. Pessoas trocam cumprimentos e sorrisos, se confraternizando e desejando boas festas. O natal envolve a todos, aproxima os bens e os mal aventurados, e cria uma atmosfera muito positiva e otimista.
                Como seria benéfico se este fenômeno se repetisse mais e mais vezes durante o ano! O sentimento de compaixão com os fracos, oprimidos e mais pobres. A caridade que emerge com mais fluidez dos corações humanos colocando-os frente a frente com a mais pura das verdades : somos todos da mesma espécie, temos uma única origem e precisamos aprender mais a compartilhar...
                Não importa o aspecto mítico da vinda de um messias, enviado dos céus para libertar o povo judeu do domínio romano. Não importa que os gentios judeus tenham copiado a lenda do Deus sol egípcio Hórus para atrair mais adeptos. Hórus nasceu de uma virgem chama ìsis-Meris, no dia 25 de dezembro e seu nascimento foi indicado por uma estrela e esta estrela foi seguida por 3 reis que procuravam o enviado ou o salvador. Como Cristo, Hórus manifestou sua prodigalidade aos 12 anos e quando completou 30 anos foi batizado por Anup. Tinha 12 apóstolos que o acompanhava e iniciou, bem antes que Jesus a temporada dos milagres curando os enfermos e andando sobre a água.A semelhança não para por aí, Hórus também foi traído (por Tifão), crucificado, enterrado e ressuscitou no terceiro dia. Esta história mitológica espalhou para outras culturas como o deus Attis , na Frigia, Krishna, na India, Dionísio na Grécia, Mitra na Pérsia. Todos foram enviados para salvar os seus povos, nasceram de uma virgem, tiveram discípulos, fizeram milagres, etc. É interessante que quase todas estas histórias foram contadas antes da vinda de Jesus.
                O que importa é que o espírito natalino permaneça na mente dos homens e que a moral cristã seja um farol a guiar os atos de cada um. Que Deus que está eqüidistante das ideologias religiosas ampare a todos neste ano que começa. Feliz 2011 a todos.

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