quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sexto Sentido

                        Sexto Sentido
                                        João Fidélis de Campos Filho
Você já pensou em alguém e logo em seguida toca o telefone e é exatamente aquela pessoa em quem você estava pensando? Estava em casa ou em sou local de trabalho de repente vem em sua mente a imagem de uma pessoa e dali a pouco ela aparece e você diz :”estava pensando em você agora há pouco”. Isto é telepatia, fenômeno de transmissão de pensamento, que sempre fez parte da vida humana e que nesta última década vem sendo alvo de inúmeros estudos científicos que procuram comprovar sua veracidade.
Um destes estudos foi realizado nos Laboratórios de Psicofísica de Princeton. Baseado no método do pesquisador Charles Honorton cujo nome é Gansfeld (palavra alemã que significa “campo total”) foram realizadas várias tentativas de transmissão de pensamento e sensações nas quais os índices de acertos foram considerados altos. No experimento Gansfeld há uma pessoa receptora e outra emissora em ambientes separados e várias informações visuais ou sonoras são enviadas da emissora para a receptora.  A pessoa (receptor) deita-se no silêncio de um quarto sombrio em uma cadeira reclinável confortável, com fones de ouvido. Sobre cada olho, meia bola de pingue-pongue. Os fones tocam chiado, considerado um som neutro. E sobre as bolinhas de pingue-pongue é emitida uma luz vermelha, de forma que, se a pessoa abre os olhos, ela só vê uma luz difusa vermelha. Para garantir que a pessoa não pode se comunicar por telefone ou rádio com o exterior, as salas de Ganzfeld são à prova de som e blindadas contra ondas eletromagnéticas. Um computador seleciona aleatoriamente um jogo de quatro imagens de um banco de dados contendo dezenas delas. Dessas quatro imagens, a máquina escolhe uma. Essa imagem é que será transmitida telepaticamente. O teste envolve duas pessoas: o emissor, que fica em uma sala, em frente a um computador, e o receptor, que fica em outra sala, em estado de Ganzfeld. Durante a sessão, o “receptor” descreve em voz alta todas as imagens que sua imaginação produz. Sua descrição é transmitida para o emissor, como estímulo para que ele se concentre na tarefa. Ao final da sessão, que dura 30 minutos, um computador exibe as quatro imagens selecionadas para o receptor. Sua tarefa é dizer qual das imagens mais se assemelha com o que ele imaginou. Se ele indicar a imagem certa, um acerto direto é computado. Todos os testes são gravados, para o caso de alguém querer conferir.
É claro que a ciência precisa de muitas provas para aceitar oficialmente que as pessoas se comunicam quase imperceptivelmente através de um sentido desconhecido e por isso atualmente há muitos estudos em andamento das percepções extra-sensoriais (que são as percepções que não usam nenhum meio físico e nenhum dos cinco sentidos conhecidos). A ciência procura a comprovação da existência de uma força mental ou da alma que explique não só a telepatia como também a premonição, a clarividência, a psicocinese (mover as coisas pela força da mente),etc. São o que hoje são chamados pelos pesquisadores como fenômenos PSI, que é um termo criado para designar a hipótese da conexão lógica entre existente entre mente e mente e entre mente e matéria. A interconectividade pressupõe que o homem seja capaz de interagir com o meio ambiente de maneira direta sem o uso dos sentidos ou qualquer meio físico cientificamente reconhecido.  Espera-se, com o passar dos anos que experiências ricas em detalhes e bem documentadas possam provar esta interconectividade.
João Fidélis de Campos Filho- Cirurgião-Dentista

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